Trafegar por uma rodovia sem encontrar sequer um buraco ou um remendo é praticamente impossível _ pelo menos nas estradas da nossa região. Mas, se comparada à BR-287, por exemplo, que é o próprio retrato da buraqueira, a BR-158, entre Cruz Alta e Rosário do Sul, passando por Santa Maria, é quase o paraíso. Mesmo com a cratera que se abriu na subida da serra, no início do mês, por conta da chuvarada, esse ainda é, garantem os motoristas, o melhor caminho para quem precisa assumir o volante.
Na edição impressa desta quinta-feira, o Diário dá sequência à série de reportagens sobre as rodovias que ligam Santa Maria às cidades da região. Na semana passada, a reportagem percorreu, com intensa chuva, os cerca de 130 quilômetros entre o Coração do Rio Grande e Cruz Alta. Encontrou uma estrada com poucos defeitos, alguns buracos e, apesar dos remendos, sem grandes problemas no asfalto.
A mesma constatação foi feita na última segunda-feira, quando a equipe de reportagem percorreu 116 quilômetros que separam Santa Maria de Rosário do Sul, em um percurso com pouquíssimos problemas para os motoristas.
Desmoronamento e poucos buracos a caminho de Cruz Alta
Aqueles que seguem de Santa Maria em direção a Cruz Alta não encontram grandes dificuldades relacionadas à buraqueira. No trajeto, não há falhas na sinalização, que está em boas condições. Com as intensas chuvas que atingiram o Estado no final de junho e no início de julho, muitas rodovias ficaram prejudicadas. Na BR-158, o trecho no Km 317, entre Santa Maria e Itaara, acabou cedendo. Foi preciso bloquear a via. Por alguns dias, só motoristas de veículos leves podiam passar. E só pela Estrada do Perau.
Atualmente, a estrada está liberada, mas ainda é monitorada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Conforme o órgão, nas próximas semanas, uma empresa fará um muro de contenção no local e, depois, será feita a recomposição da rodovia.
No mesmo período de chuvas, há cerca de 20 dias, muitos motoristas reclamavam dos buracos e desníveis na pista. De fato, a estrada não está um tapete entre Santa Maria e Itaara. Há buracos e desníveis.
De Itaara até Júlio de Castilhos, a rodovia não tem grandes problemas. Está, inclusive, com pavimento novo em vários trechos. Já em Cruz Alta, há vários remendos, mas que não ocasionam transtornos.
Segundo o superintendente regional do Dnit, João Carlos Tonetto, uma empresa faz a manutenção da rodovia:
_ A estrada está em ótimas condições. Se têm falhas, elas são rapidamente corrigidas _ ressalta o superintendente.
A boa condição da BR-158, em direção a Cruz Alta, é reconhecida por quem vive dela. Pelo menos duas vezes por semana, o caminhoneiro Wagner Garcia, 35 anos, sai de Santa Bárbara em direção a Rio Grande. Apesar de apontar alguns pequenos problemas, como os remendos, entre Tupanciretã e Cruz Alta, o motorista não deixa de reconhecer as melhorias, principalmente entre Santa Maria e Júlio de Castilhos.
_ Já tivemos grandes problemas, muitos buracos e sinalização ruim. Mas, nos últimos dias, as melhorias são evidentes _ diz o caminhoneiro.
Já o borracheiro Mario Eli Silveira, 53 anos, brinca que a BR-158 deveria ter mais buracos para aumentar sua clientela, em Cruz Alta. Ele ainda socorre alguns motoristas com pneus furados ou rodas tortas na estrada, especialmente à noite, mas garante que o movimento diminuiu nos últimos tempos.
_ Tem que dizer para o Dnit parar de arrumar a pista e de consertar os buracos. Assim, vou ficar sem clientes _ brinca Silveira.
No percurso para a Fronteira Oeste, sinalização está em dia
Quem percorrer os 116 quilômetros entre Santa Maria e Rosário do Sul, na região da fronteira oeste do Estado, vai dirigir por uma estrada bem sinalizada onde os bura"